Com marcação forte pelos dois lados, discussões ríspidas entre os jogadores, e um árbitro com um critério um tanto confuso, o time Xavante terminou o duelo com dois homens a menos em campo. Entretanto, mesmo com as expulsões de Kleyr e Ney Santos, o rubro-negro manteve o equilíbrio dentro das quatro linhas e segurou o empate construído no início do jogo, ficando no 1 a 1 com o Vovô.
O JOGO
Como em qualquer estreia, ainda mais se tratando de um clássico regional, a partida entre Rio Grande e Brasil começou com certo grau de nervosismo entre os jogadores. Porém, a equipe Xavante não demorou muito para esquecer o friozinho na barriga e ir para cima do tricolor rio-grandino. Logo aos 12 minutos Cheffeson cobrou escanteio pela direita, Kleyr desviou de cabeça na primeira trave e Paulo Renato empurrou para o gol, 1 a 0.
O time do clube mais antigo do país deu o troco pouco poucos minutos depois, com Roberto. O camisa nove invadiu a área, conseguiu se livrar da marcação e chutou cruzado. A bola pegou muito efeito e morreu no funda da rede do goleiro Silva, que estava completando 100 jogos com a camisa rubro-negra.
A essa altura a partida já começava a ficar tensa, com direito a bate-boca e troca de empurrões, mas nada muito sério. O tempo fechou mesmo foi na segunda etapa. Aos 20 minutos o juiz inverteu uma falta que seria a favor do Brasil. Os donos da casa cobraram rápido, e acionaram um contra-ataque de muita velocidade, que só foi parado por Cléber Gaúcho, cometendo falta na entrada da área.
O lance deixou os jogadores do Brasil indignados, e eles foram cobrar satisfações do juiz da partida. Só que enquanto alguns atletas rubro-negros reclamavam da suposta inversão, o time do Vovô também chegou para perto do árbitro, e as discussões começaram a ferver. No meio da confusão, o dono do apito chamou o atacante K9 e mostrou cartão vermelho para atleta Xavante, o único punido com no meio do bolo.
Dez minutos mais tarde o Brasil ainda perdeu o zagueiro Ney Santos, que foi expulso após receber o segundo cartão amarelo. Mesmo com a desvantagem numérica, o time visitante não se entregou e continuou firme na partida, criando, inclusive, as melhores oportunidades de gol. O atacante Douglas Pit Bull e o lateral-esquerdo Hadson, por exemplo, estiveram perto de transformar o empate heróico em uma grande vitória. De qualquer forma, um ponto foi conquistado, atendendo ao pedido do técnico André Luis.
- Eu disse para os jogadores que em todas as rodadas nós temos que somar ponto. E, dentro das circunstâncias que nós tivemos nesse jogo, foi muito importante esse empate. Mesmo com dois a menos o nosso time manteve a calma, se reposicionou em campo e soube suportar o Rio Grande. Então, até mesmo por se tratar de uma estreia, acho que o resultado foi bom – destacou o comandante rubro-negro.
A próxima partida do Brasil na divisão de acesso do campeonato estadual é contra o Guarany de Camaquã, e está programa para as 18h deste sábado. Como as obras de implantação do novo sistema de drenagem no gramado da Baixada ainda não foram concluídas, a probabilidade maior é de que o jogo seja realizado no estádio Nicolau Fico, do Grêmio Atlético Farroupilha.
FICHA TÉCNICA
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Campeonato Gaúcho da Segunda Divisão | 1ª Rodada | Dom, 02/02/10, 20h
RIO GRANDE 1 X 1 GE BRASIL
Estádio: Arthur Lawson
RIO GRANDE: Patrick; Jr Xavier, Mano (Diego Sapata), Fogolari e Dudu Branco; Igor, Robson, Maicon (Daniel Quevedo) e Jéferson; Luis Paulo (Henri) e Roberto. Téc.: Toquinho
GE BRASIL: Rodrigo Silva; Cheffeson, Ney Santos, Moreira e Hadson; Russo, Márcio Zani (Cacimba), Cléber Gaúcho (Juninho) e Paulo Renato (Marcio Egídio); Douglas Pit Bull e Kleyr. Téc.: André Luis
ARBITRAGEM: Anderson Echevarria, auxiliado por Luis Paulo e Junior Xavier. Cartões amarelos: Júnior Xavier e Luis Paulo (Rio Grande); Márcio Zani, Douglas Pit Bull, Cléber Gaúcho e Ney Santos (GE Brasil). Cartões vermelhos: Kleyr e Ney Santos (GE Brasil).
Leonardo Crizel - Assessoria de Imprensa G.E.Brasil